vadio
Se eu fosse genuinamente vadio, como quereria, não teria lugar nem hospedaria. Andaria na estrada a procurar quem me habita…
Se eu fosse genuinamente vadio, como quereria, não teria lugar nem hospedaria. Andaria na estrada a procurar quem me habita…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 12, 32-48
«Estai vós também preparados»
O Evangelho conta-nos a parábola de um Senhor que pode vir quando menos espera o seu servo (que somos cada um de nós). O estilo de preparação a que um Cristão está convidado, não é da ordem do medo do castigo infernal, do prémio ou do mérito. A preparação da vida espiritual, pessoal e comunitária é um trabalho da ordem do já, do aqui e do agora. É um processo… Há um Encontro que se pode fazer, que se pode antecipar desde já. Esse Encontro, que se vai fazendo e que só pode crescer na intensidade, é o Encontro que importa.
NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog
L1: Sab 18, 6-9; Sal 32 (33), 1 e 12. 18-19. 20 e 22
L2: Hebr 11, 1-2. 8-19 ou Hebr 11, 1-2. 8-12
Ev: Lc 12, 32-48 ou Lc 12, 35-40
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 9, 28b-36
«Enquanto orava, alterou-se o aspecto do Seu rosto»
A transfiguração de Jesus é algo que fascina e perturba os Seus companheiros, como nos fascina e perturba também a nós. A transfiguração simboliza uma passagem, uma ponte, uma Páscoa, entre o provisório e o definitivo, entre o humano e o divino, entre “o hoje” e “o sempre”, de alguma forma, entre a transcendência e imanência. Uma ideia que podemos levar para a vida, é o entendimento de que vivemos para, também nós, nos transfigurarmos. Pelo amor, pela forma como olhamos e vivemos, cada um de nós se vai transfigurando e vai sendo ator da transfiguração do mundo, querida e sonhada por Deus…
NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.
L1: Sab 18, 6-9; Sal 32 (33), 1 e 12. 18-19. 20 e 22
L2: Hebr 11, 1-2. 8-19 ou Hebr 11, 1-2. 8-12
Ev: Lc 12, 32-48 ou Lc 12, 35-40
O vazio, na sua vertente científica, é sempre provisório. Depende fortemente da detetabilidade, quer instrumental quer teórica. Dizemos que é vazio, face à física e à matemática que ainda não temos para perceber o que talvez exista e a que, provisoriamente, chamamos nada…
A mais comprometida
e libertadora forma de amar
pode exprimir-se
numa simples palavra
exigente
confiante e
promissora:
amar-te-ei!
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 12, 13-21
«A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens»
O Evangelho fala-nos do desprendimento e do desapego espiritual dos bens. É uma linha de rumo que serve para os bens materiais, mas não só. Certos dons, relações, afectos são também para serem partilhados. No olhar Cristão, tudo serve para irradiar, nada serve para possuir. A parábola do agricultor que, em vez de partilhar a sua abundância, constrói maior celeiro para mais acumular, é de uma grande força, pela explicitação de quanto é estéril “guardar para si”. E nós, quando temos as nossas “colheitas”, tendemos a partilhar ou construímos “novo celeiro”?…
NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog
L1: Co (Ecle) 1, 2; 2, 21-23; Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17ac
L2: Col 3, 1-5. 9-11
Ev: Lc 12, 13-21
Basta agradecer. Vendo bem, quando estamos mal é porque perdemos a posição agradecida… O treino é mesmo o do agradecimento… Este lema, porém, não pode ter eco nos que não têm pão. Para esses, sopra o convite ao nosso instinto coletivo de fraternidade e o impacto da minha gratidão só pode ser saciar essa mesma fome. Para que um dia, todos, mesmo todos, possam viver em ontologia agradecida.
Um mistério pode compreender-se mas não explicar-se. No máximo, podes implicar-te no mistério… Para compreender tens de aceitar, para mergulhares tens de te molhar…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 137
«Quando Vos invoco, sempre me atendeis, Senhor»
A vida de oração de um cristão, porque é uma relação, pressupõe a petição. Pedir é uma atitude fundamental em qualquer relação, embora pressuponha humildade. Quem entende que tem tudo, é autossuficiente e não pede… Pedir a Deus com um coração puro é certeza de receber. Será importante “não manipular”, isto é, embora colocando explicitamente o que acontece e se elabora, o que preocupa e o que se tece no tempo e no espaço, não deixar de ser sempre um pedir “o que for melhor para mim e para os outros”, o que é, por sua vez, intrinsecamente indeterminado… De alguma forma, pedir em oração, com fé, é passar um cheque em branco. Pedir é rasgar para receber. A quem pedir assim, o Senhor atende…
NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.
Sonho de Deus
Não se trata
de descartar o meu sonho,
de deixar de ser.
É centrar o meu sonho
no sonho de Deus.
Parece óbvio:
o sonho de Deus,
tecido em vida,
será o meu sonho.
É talvez perder…
É talvez ganhar…
É salvar-se…
É ser-se salvo!
2018