fazedismos…
Há uma essência, há uma dádiva e uma vida que corre… mas às vezes distraímo-nos, em fazedismos e amuos…
Há uma essência, há uma dádiva e uma vida que corre… mas às vezes distraímo-nos, em fazedismos e amuos…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 17, 1-9
«o Seu rosto ficou resplandecente como o Sol»
A transfiguração de Jesus revela com clareza a filiação de Jesus. Em chave de leitura de fé, esta cena aponta-nos o Filho de Deus. Implícito, está igualmente o convite aos que, olhando Jesus, se deixam transfigurar a eles próprios. É este também o desafio que se coloca a cada um de nós: transfigurarmo-nos, reconhecermo-nos sempre buscados e vivermos como Filhos de Deus, assemelhando-nos a Ele, nesse reconhecimento e nessa forma de viver. No limite, fruto da alegria brotante de uma vida transfigurada, o nosso rosto poderá ser “resplandecente como o Sol”. Também neste cenário evangélico se pode ir entendendo – e principalmente vivendo – a sugestão impactante da fé como uma luz na escuridão.
NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.
Transfiguração do Senhor – FESTA
L 1 Dn 7, 9-10. 13-14; Sl 96 (97), 1-2. 5-6. 9 e 12
L 2 2Pd 1, 16-19
Ev Mt 17, 1-9
Há uma quase luta entre as receções que somos convidados a colher e a viver e certo legítimo abatimento por aquilo que vai faltar ou já falta. A fé é a arte de viver que nos vai treinando para valorizar mais a confiança dos primeiros impulsos de esperança do que a desconfiança face aquilo que ainda não é…
Admito que nos tempos que correm, além da óbvia e inegociável competência científica, o que mais é pedido ao professor é a criatividade. Mas a criatividade só consegue brotar se se vencer o derrotismo e o desânimo que muita da complexidade escolar gera nos docentes. Talvez, abaixo ainda da criatividade, more a virtude da paciência…
Devemos a Inácio o convite a um mergulho sincero nas nossa moções interiores. Sem bipolarismo forçado, Inácio imaginou e viveu duas escolhas honestas interiores (centrado em mim / centrado em Cristo), tendo EXPERIMENTADO mais liberdade e sentido na segunda, que então buscou. Parece simples…
Há um traço curioso e quase paradoxal na espiritualidade inaciana e, assim, na Companhia de Jesus: está-lhe associado um trajeto histórico e uma presença sólida na cultura, bastante “musculada”. Mas intuo que isso não se faz à custa de rigidez, mas antes de flexibilidade, intuição, rasgo, discernimento, convicção e plasticidade…
A nossa vida tensional, sempre tensional (…) é tecida de carências e de excessos (de amor). Ainda bem que assim é. Pouco espaço, portanto, para “mornices”. Por isto são boas as águas vivas e fedam as águas paradas…
O erotismo tem um toque adicional face a outras direções coisificantes e de duvidosa beleza como a pornografia: no ‘eros’ do desejo há um encantamento que sintetiza o belo da exterioridade com o fascínio duma interioridade vivida…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Rom 8, 26-27
Da carta aos Romanos fixamo-nos nesta constatação antiga, sobre a dificuldade em rezar… Se orar (ou rezar) for entendido como descansar em Deus, até aí é difícil rezar. Temos dificuldade em descansar, em geral… e em descansar em Deus, em particular. Daqui decorre que a primeira coisa para (tentar) rezar é, precisamente parar. Diz a mesma carta aos Romanos que o Espírito virá e essa é a promessa que alicerça a nossa fé. Mas para o Espírito nos alcançar, há que não fugir correndo… Neste sentido, é condição necessária para o tateamento da oração, precisamente, a oportunidade, o desejo, a persistência e a disciplina da paragem e do silêncio…
Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto
L 1 Sb 12, 13. 16-19; Sl 85 (86), 5-6. 9-10. 15-16a
L 2 Rm 8, 26-27
Ev Mt 13, 24-43 ou Mt 13, 24-30
Já ouvi e li muito sobre a bigorna da responsabilidade pessoal no dinamismo da crença e da não crença. Entre o dom e a adesão…. Honestamente, não é aqui, mais uma vez, que crentes e não crentes se separam. Pelo contrário, se lidos honestamente, uns e outros estão inquietos no risco ontológico do viver.