A ti, minha flor
A TI, MINHA FLOR
A ti
flor a abrir,
ontem semente
morta,
por sair,
a ti
eu dirijo
um beijo sentido
profundo
terno e eterno.
Confesso
o susto
sempre sustido
de esperança
quando te vi
sem vida
ontem
seca e triste
perdida no vento.
Agora que abres
e ganhas cor
digo-te
a ti
flor bonita
que sempre
te adorei
e nem só um segundo
duvidei
de ter querer bem.
A ti,
flor que já sorris
segredo-te que antevi
o teu sorriso
aquando da tempestade
que senti
mas vi passar
antes mesmo
de o mar se acalmar.
A ti,
flor dourada
entrego
este meu ser
este meu nada.
A ti, meu amor
digo-te
sinceramente
que nenhuma dor
pssada ou presente
tirará cor
ao nosso amor
eternamente.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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