Jesus pegou então nos pães, deu graças a Deus e distribuiu-os à multidão

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Jo 6, 1-15

Jesus pegou então nos pães, deu graças a Deus e distribuiu-os à multidão

Este trecho do Evangelho referente ao milagre da multiplicação dos pães é muito mastigado no plano teológico e apostólico. Parece ser consensual, contudo, além do sinal da abundância, que há um véu que se entreabre no sentido de Jesus convocar os homens (cada um de nós) para o grande sonho da partilha. Há perguntas que nos podemos fazer, com algum alcance de crescimento, diante desta convocatória para receber, distribuir e partilhar: que pão me faz falta? Sendo eu aquilo de que me alimento, de que me encho? Que pão acumulo? Que pão partilho? Que pão poderia partilhar mais?

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DOMINGO XVII DO TEMPO COMUM

L 1 2 Re 4, 42-44; Sl 144 (145), 10-11. 15-16. 17-18
L 2 Ef 4, 1-6
Ev Jo 6, 1-15

JP in Sem categoria 28 Julho, 2024

palavra que salva

Palavra que salva

A palavra é
varinha
eternizante.
Dizer salva.
Até o amor,
que é ato,
e pode ser
iludido com sílabas,
se sela
dizendo.
Se amares,
agindo,
não deixes de
explicitar
com letras
coerentes e cantadas,
para que esse
mesmo amor
não morra jamais…

JP in Sem categoria 22 Julho, 2024

habitarei para sempre na casa do Senhor

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 22

habitarei para sempre na casa do Senhor

«Habitarei para sempre na casa do Senhor», proclama o refrão do salmo. Este convite à fidelidade (para sempre) é dos dons mais preciosos da fé. O compromisso, a fidelidade e o ‘para sempre’ podem soar a monótono e a ‘sem aventura’. Ser fiel, porém, pode ser um permanecer que conduz a saborear terrenos de abundância. As tensões paradoxais em que vivemos (e que somos!) conduzem-nos a uma possibilidade dos extremos se tocarem. Um desses jogos dicotómicos acontece com a liberdade e com o compromisso. E se ‘ficar para sempre’ fosse uma abertura? E se a obediência fosse uma liberdade?…

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DOMINGO XVI DO TEMPO COMUM


L 1 Jr 23, 1-6; Sl 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
L 2 Ef 2, 13-18
Ev Mc 6, 30-34

JP in Sem categoria 20 Julho, 2024

hibridizações…

Há um conceito químico crucial que tem grande potencial analógico na nossa cultura. Trata-se da hibridização. Sabemos que os eletrões que autenticamente ‘colam’ os átomos em estruturas mais complexas a que chamamos moléculas, pertencem sempre a mais do que um átomo. Os espaços onde é provável encontrar esses eletrões (chamamos-lhes orbitais) são muitas vezes misturados e não pertencem a nenhuma entidade em exclusivo. Assim é, analogicamente, com os territórios culturais em que vivemos: ciências, artes, humanidades, religiões, estão absolutamente hibridizadas…

JP in Sem categoria 16 Julho, 2024

ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mc 6, 7-13

ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão

As palavras que Jesus dirige aos Seus companheiros, por ocasião do envio (da missão, da missa…), são de importância vital. Ele prepara os discípulos e estabelece algumas condições para o apostolado. Enquanto apóstolos de Jesus, há que meditar nestas palavras e afinar o estilo apostólico, que deve ser o de Jesus. Lembremo-nos, nomeadamente, que o caminho deve ser feito de mãos vazias, só com o bastão, prontos a acolher os outros e as suas vidas. A ideia de esvaziar a mochila e partir de mãos mais abertas é uma inspiração de vida, neste tempo em que a contingência se entrelaça com excessos securitários. Deixemos em casa o que nos pode pesar… Mais ainda, “nada levar”, significa também, no lastro apostólico, estarmos prontos a receber (nunca a ‘despejar’…) daqueles com quem nos vamos cruzar.

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DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

L 1 Am 7, 12-15; Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 Ef 1, 3-14 ou Ef 1, 3-10
Ev Mc 6, 7-13

JP in Sem categoria 14 Julho, 2024

na nossa mão…

Há que apostar no que está na nossa mão (alimentar a paciência, a receção, o silencio, a leitura, o estudo, o crescimento e, principalmente, o ânimo, que é tanto trabalho quanto graça…). Depois, quando a realidade vier (e está sempre a vir), seja qual for, tecer com essa mesma realidade qualquer coisa de belo…

JP in Sem categoria 12 Julho, 2024

bioética e vida humana

Uma cultura bioética procura sempre a melhor solução para problemas relacionados com a vida humana. Por isso, a sua necessidade vem da importância em dignificar a vida humana em todas as formas, incluindo a forma do embrião, assim como dar um sentido a toda a vida humana, incluindo o sofrimento. A vida é a expressão mais bela de uma humanidade que «cresce e se multiplica» (Gn, 1, 28) e, do meu lado, a reflexão bioética só tem futuro se tomar a vida, a menos de palavra melhor, como sagrada e ‘inegociável’…

JP in Sem categoria 10 Julho, 2024

para vós, Senhor, levanto os meus olhos

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 122

para vós, Senhor, levanto os meus olhos

Aquilo que nós somos e fazemos tem muito a ver com o que vemos… No sentido inverso, é também verdade que as nossas ações influenciam a forma como vemos o mundo. Muitas vezes, não vemos bem e é um gesto de amor ou um mergulho na caridade que nos abre os olhos. De manhã, quando acordamos, a luz invade as nossas pálpebras e desperta-nos para o dia. Para quem levantamos os nossos olhos? Inspirados no salmo e embalados por uma fé que experimenta o suporte de um amor que nos cria e acolhe, vamos treinando o olhar. Que seja, neste sentido, um olhar para o Senhor, para um Cristo de braços abertos que nos chama a um dia vivido, intensa e significativamente na Sua companhia.

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DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM

L 1 Ez 2, 2-5; Sl 122 (123), 1-2a. 2bcd. 3-4
L 2 2Cor 12, 7-10
Ev Mc 6, 1-6

JP in Sem categoria 6 Julho, 2024