Enquanto orava, alterou-se o aspecto do Seu rosto

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 9, 28b-36

«Enquanto orava, alterou-se o aspecto do Seu rosto»

A transfiguração de Jesus é algo que fascina e perturba os Seus companheiros, como nos fascina e perturba também a nós. A transfiguração simboliza uma passagem, uma ponte, uma Páscoa, entre o provisório e o definitivo, entre o humano e o divino, entre “o hoje” e “o sempre”, de alguma forma, entre a transcendência e imanência. Uma ideia que podemos levar para a vida, é o entendimento de que vivemos para, também nós, nos transfigurarmos. Pelo amor, pela forma como olhamos e vivemos, cada um de nós se vai transfigurando e vai sendo ator da transfiguração do mundo, querida e sonhada por Deus…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM



L1: Sab 18, 6-9; Sal 32 (33), 1 e 12. 18-19. 20 e 22
L2: Hebr 11, 1-2. 8-19 ou Hebr 11, 1-2. 8-12
Ev: Lc 12, 32-48 ou Lc 12, 35-40

JP in Sem categoria 6 Agosto, 2022

amar-te-ei

A mais comprometida

e libertadora forma de amar

pode exprimir-se

numa simples palavra

exigente

confiante e

promissora:

amar-te-ei!

JP in Sem categoria 2 Agosto, 2022

a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 12, 13-21

«A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens»

O Evangelho fala-nos do desprendimento e do desapego espiritual dos bens. É uma linha de rumo que serve para os bens materiais, mas não só. Certos dons, relações, afectos são também para serem partilhados. No olhar Cristão, tudo serve para irradiar, nada serve para possuir. A parábola do agricultor que, em vez de partilhar a sua abundância, constrói maior celeiro para mais acumular, é de uma grande força, pela explicitação de quanto é estéril “guardar para si”. E nós, quando temos as nossas “colheitas”, tendemos a partilhar ou construímos “novo celeiro”?…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XVIII DO TEMPO COMUM



L1: Co (Ecle) 1, 2; 2, 21-23; Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17ac
L2: Col 3, 1-5. 9-11
Ev: Lc 12, 13-21

JP in Sem categoria 30 Julho, 2022

Quando Vos invoco, sempre me atendeis, Senhor

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 137

«Quando Vos invoco, sempre me atendeis, Senhor»

A vida de oração de um cristão, porque é uma relação, pressupõe a petição. Pedir é uma atitude fundamental em qualquer relação, embora pressuponha humildade. Quem entende que tem tudo, é autossuficiente e não pede… Pedir a Deus com um coração puro é certeza de receber. Será importante “não manipular”, isto é, embora colocando explicitamente o que acontece e se elabora, o que preocupa e o que se tece no tempo e no espaço, não deixar de ser sempre um pedir “o que for melhor para mim e para os outros”, o que é, por sua vez, intrinsecamente indeterminado… De alguma forma, pedir em oração, com fé, é passar um cheque em branco. Pedir é rasgar para receber. A quem pedir assim, o Senhor atende…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XVII DO TEMPO COMUM

L1: Gen 18, 20-32; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 6-7ab. 7c-8
L2: Col 2, 12-14
Ev: Lc 11, 1-13

JP in Sem categoria 24 Julho, 2022

Marta, Marta…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 10, 38-42
«Marta, Marta, andas preocupada e aflita com tantas coisas, quando uma só é necessária»

É sobejamente conhecida esta passagem e muito inspiradora para nos auto-acalmarmos quando a azáfama nos toma como prisioneiros. Escrevi de propósito ‘auto’, pois dizer a alguém ‘olha que estás como Marta’ é capaz de não ajudar, como não ajuda a ninguém muito nervoso dizer ‘tem calma’… Mas não há dúvida que o atulhar de coisas para fazer, uma certa excessiva operacionalidade, nos inibe de muitas escutas e essencialidades. Convém, ao mesmo tempo, uma certa auto-condescendência para com as nossas ‘martisses’: as coisas têm de ser feitas e há fases de vida em que ser Maria é mesmo difícil…

DOMINGO XVI DO TEMPO COMUM



L1: Gen 18, 1-10a; Sal 14 (15), 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5
L2: Col 1, 24-28
Ev: Lc 10, 38-42

JP in Sem categoria 16 Julho, 2022

Quem é o meu próximo?

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 10, 25-37

«quem é o meu próximo?»

A réplica do doutor da lei, quando Jesus invocou o antigo mandamento (“…e ao teu próximo como a ti mesmo”) é uma pergunta que nos pode server como revisão existencial continua: “Quem é o meu próximo?”. Na teoria, conhecemos já a resposta, sabiamente transmitida por Jesus na parábola do bom samaritano. Mas, na prática, quantas vezes nos esquecemos dos nossos próximos?… Em particular, como pessoa religiosa, pergunto-me: quantas vezes há envolvimento em heroicas missões apostólicas e esquecemos os que vivem em nossa casa, no nosso bairro ou no nosso trabalho, precisando de nós?…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XV DO TEMPO COMUM



L1: Deut 30, 10-14;
Sal 68 (69), 14 e 17. 30-31. 33-34. 36ab-37 ou Sal 18 B (19), 8.9.10. 11
L2: Col 1, 15-20
Ev: Lc 10, 25-37

JP in Sem categoria 10 Julho, 2022

não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 10, 1-12

“Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias”

A sugestão de envio, de missão, tem na expressão de leveza “Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias“, bons significados. Sim, pode ser uma crítica ao excesso de prevenção e ao controlo mas é, sobretudo, um convite à confiança e à abertura face à surpresa. Viver cristãmente é este envio para abertura e para a leveza. Pelo contrário, ontem e hoje, enchemos a mochila da viagem de profilaxias. Que seguranças prescindíveis levo ainda na minha mochila? Tal carga me inibe de mais caminho e de mais leveza…

DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM



L1: Is 66, 10-14c; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a. 16 e 20
L2: Gal 6, 14-18
Ev: Lc 10, 1-12. 17-20 ou Lc 10, 1-9

JP in Sem categoria 2 Julho, 2022

oração e vida

Talvez a vida pudesse ser oração (ou a oração vida…), neste sentido: render-se, entregar-se, exercitar a confiança, inspirar amor e expirar medo, abrir-se à dádiva e sacudir o controlo, beber a surpresa e evitar a prisão da expectativa.

JP in Sem categoria 28 Junho, 2022

Senhor: queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 9, 51-62

«Senhor: queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?»

Jesus e os discípulos dirigiram-se a uma povoação na Samaria, não tendo sido bem recebidos. Tiago e João, ou por amarem e quererem defender o Mestre, ou por certa imaturidade no amor, logo sugeriram: “Senhor: queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?”. Jesus, porém, repreendeu-os. Há na nossa vida e principalmente no nosso interior, laivos parecidos com a aproximação de Tiago e João. São os nossos cenários imaginados (às vezes com sequência), em que bem desejaríamos surdas vinganças e insucessos para aqueles que nos recebem mal. O primeiro passo na gestão da nossa interioridade é a assunção e mesmo a autovalidação. Curto-circuitar o que sentimos e o que na realidade somos, incluindo os nossos pensamentos, com um tamponamento moral, não é normalmente libertador. Posto isso, trabalhar interiormente e apostar neste não rancor, é estar em sincronia com Jesus.

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM

L1: 1 Reis 19, 16b. 19-21; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
L2: Gal 5, 1. 13-18
Ev: Lc 9, 51-62

JP in Sem categoria 26 Junho, 2022

Ele vos guiará para a verdade plena

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Jo 16, 12-15

«Ele vos guiará para a verdade plena»

Temos no Evangelho de hoje uma alusão à Santíssima Trindade: ” Tudo o que o Pai tem é Meu”, diz Jesus, ao mesmo tempo que refere que o “Espírito Santo nos falará de Si próprio”, deste amor inteiro entre o Pai e o Filho. Entre outras imagens ricas do Espírito Santo, como a pomba da paz ou a água do Baptismo, temos este “qualquer coisa” que transporta um amor imenso, como o que existe entre o Pai e o Seu Filho. Se falta amor em alguma das nossas relações, ouçamos o Espírito Santo que nos convida a um coração que se doa e que recebe, como acontece entre Jesus e o Seu Pai. Convém notar que a simbologia entre Pai e filho é a possível face à indizibilidade da relação plena de Deus, mas é sempre intrinsecamente incompleta e imperfeita, já que os pais e filhos que somos ou conhecemos, podendo amar-se, (ainda) não amam como Deus ama, com tão radical gratuitidade e risco amoroso…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XI DO TEMPO COMUM

SANTÍSSIMA TRINDADE


L1: Prov 8, 22-31; Sal 8, 4-5. 6-7. 8-9
L2: Rom 5, 1-5
Ev: Jo 16, 12-15

JP in Sem categoria 12 Junho, 2022