no meio de nós está Jesus Cristo, mas nós não O reconhecemos

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Jo 1, 6-8

Um certo jogo de sombras, por desvendar, relaciona-se bem com aquilo a que chamamos Deus, seja lá aquilo que for… um ‘qualquer coisa’… No cristianismo, fazemos e vivemos essa projeção teológica com a presença de Cristo, não óbvia, mas cuja fé torna tateante e talvez emergente. Por isso, se diz no Evangelho de João, a partir da personagem João Batista que “no meio de nós está Jesus Cristo, mas nós não O reconhecemos”. Adiante, nos mesmos Evangelhos, se clatificará que Cristo está nos mais pequeninos, nos gestos de amor, no banal, no importante, no pão, na partilha, no todo e no tudo. Reconhecer esse Cristo e viver a alegria desse reconhecimento é a gravidez do cristão, que em advento prepara a festa do parto, da partida, do Natal…

DOMINGO III DO ADVENTO



L 1 Is 61, 1-2a. 10-11; Sl Lc 1, 46b-48. 49-50. 53-54
L 2 1Ts 5, 16-24
Ev Jo 1, 6-8. 19-28

JP in Sem categoria 16 Dezembro, 2023

novidade…

A maior Graça, talvez, é aquele de termos nós mesmos, cada um, a possibilidade de determinarmos o que é novidade. Algo exterior a nós, que ocorra no espaço e no tempo, pode, se nós quisermos, ser uma Boa Nova. Viver em bem-aventurança, portanto, depende menos daquilo que acontece e mais da nossa interioridade…

JP in Sem categoria 14 Dezembro, 2023

Bíblia

A Bíblia, como Deus, apresenta-se-nos aberta, misteriosa, tensional, em revelação… e excessiva…

JP in Sem categoria 12 Dezembro, 2023

o deserto somos nós

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mc 1, 1-8

Em tempo de Advento concentramo-nos no riquíssimo panorama e real do deserto, onde aparece João Baptista a proclamar. Não será por mero acaso que a porta que é João Baptista parte do deserto, talvez físico mas, certamente, simbólico. O verdadeiro arrependimento só se pode fazer a partir do verdadeiro deserto que somos nós. Sem entrarmos no nosso deserto íntimo não nos podemos arrepender e recomeçar verdadeiramente, porque a graça de Deus quis precisar da nossa realidade, do nosso deserto, para se revelar. Precisamos, talvez, no Advento e não só, de valorizar o deserto interior, de entrar nele, de o olhar, de o admitir, de o saborear. Sem silêncio interior e exterior não há tangência no deserto e, porventura, não há oásis nem maná, não há conversão…

NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.

DOMINGO II DO ADVENTO



L 1 Is 40, 1-5. 9-11; Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 2Pd 3, 8-14
Ev Mc 1, 1-8

JP in Sem categoria 10 Dezembro, 2023

a esperança sem transcendência…

O filósofo alemão Ernest Bloch (para quem a morte era a mais forte não-utupia…) gastou a sua vida numa empreitada séria, profunda e coerente, mas, ao mesmo tempo, algo frustrante. A sua tese de uma “esperança sem deus” tem, para mim, um efeito boomerang: a nossa finitude acaba por nos levar a uma esperança que depende, precisamente, do reconhecimento de um Deus amoroso, criador… e ‘esperançador’…

JP in Sem categoria 8 Dezembro, 2023

vigiar (-me)

DOMINGO I DO ADVENTO

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mc 13, 33-37

O início do Advento, enquanto preparação para o Natal, é marcado por sugestões bíblicas de prudência, vigilância e atenção. Estes ‘modos-advento’, convém registar, embora possam ser alimentados também comunitariamente, apresentam uma agenda muito pessoal e responsabilizante. Um qualquer cristão distraído, em devaneio pedagógico, poderia interpretar como missão vigiar os outros: filhos, vizinhos, paroquianos, alunos, discípulos… Não, é uma missão muito pessoal: estar atento a mim próprio, antes de mais. Em redutos de silêncio e paragem convém conseguir estar atento a mim mesmo, a Deus dentro de mim…

NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.


L 1 Is 63, 16b-17. 19b; 64, 2b-7; Sl 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19
L 2 1Cor 1, 3-9
Ev Mc 13, 33-37

JP in Sem categoria 2 Dezembro, 2023

carências…

Blondel, a partir da literatura, traz-nos para um caminho claramente existencial-espiritual: há que admitir a nossa própria desilusão, tecida de inúmeras carências. Como é vital reconhecer a existência em nós mesmos de muitas camadas de micro-sonhos, micro-ilusões, micro-projetos. Daqui mesmo se percebe e vive uma sede maior…

JP in Sem categoria 30 Novembro, 2023

confrontos orantes

Naqueles confrontos orantes, a liberdade espreita quando conseguimos ir substituindo a refilisse com Deus e a nossa manipulação para que se faça a nossa vontade pela rendição ao reconhecimento do seu imenso amor, em tudo e todos, ontem, hoje é amanhã.

JP in Sem categoria 28 Novembro, 2023

quando é que tiveste sede?

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 25, 14-30

Na tradição cristã adquire muita força o reconhecimento de Deus nos outros. A própria ética de lastro judaica, elaboradíssima por filósofos como Levinas, centraliza “o alter” como reduto sagrado e intenso. Nas palavras do Evangelho, é o próprio Deus que tem sede da sede dos homens… e dar uma pinga de água a alguém é molhar a boca do próprio Deus. Para as pessoas mais distraídas, mesmo que voluntaristas e com algum potencial-cisterna, como é quem que escreve estas palavras, este desafio pede muita atenção às sedes do mundo. Onde estão os que precisam de água? Como se manifesta a sua sede?… Como posso eu, que não sou água, ajudar cada um a aproximar-se da fonte?

NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.

DOMINGO XXXIV DO TEMPO COMUM

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
SOLENIDADE


L 1 Ez 34, 11-12. 15-17; Sl 22 (23), 1-2a. 2b-3. 5-6
L 2 1Cor 15, 20-26. 28
Ev Mt 25, 31-46

JP in Sem categoria 26 Novembro, 2023