Thomas Gordon* sugere uma tolerância radical e uma «tensão negocial» com os educandos que considero eficaz, quando ela é possível. Os mais críticos da linha de Gordon têm medo da falta de regras e ridicularizam as suas teses, anunciando algo que não é verdade: que o «negocial» impede a regra e que deixa de haver balizas. Há balizas, sim, as da segurança (criança sem cinto de segurança não viaja, por exemplo) e a da liberdade de terceiros (não há margem negocial para jogar basquetebol num apartamento porque se incomodam os vizinhos). Mas, dentro das traves e barras da baliza, nem sempre fáceis de discernir, há uma margem para diálogos e cedências que importa esgotar.
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1 Gordon, T. (1998), Eficácia na Educação dos Filhos, Encontro Editora, Lisboa.
2 Gordon, T., Burch N. (1998), P.E.E. Programa do Ensino Eficaz, edição Escola Superior São João de Deus, Lisboa.