pedir…
Rezar não é magia nem “pedinchisse”: é uma atitude que, principalmente, me prepara para receber…
Rezar não é magia nem “pedinchisse”: é uma atitude que, principalmente, me prepara para receber…
És amado para o amor. A fé, por pequena que possa ser, é o reconhecimento desse amor.
O Natal é um legado de esperança pelo nascimento da simplicidade confiante, como garantia de tudo. E perpetuar este Natal é entregar-se na surpresa dos nascimentos do tempo e da vida, prescindindo de qualquer controlo que mate a pobreza libertadora de nos abrirmos ao imprevisto.
É bom reconhecermos as etapas dos encontros e desencontros na matriz histórico-religiosa da nossa cultura: tribal/isolacionista, imperialista/expansionista e a etapa polifónica/pluralista: em que estamos ou desejaríamos estar neste mundo globalizado.
É esse o mais, mais espaço, que nos dá Deus. Um mais que nada subtrai à humanidade… Não é bem um extra que se soma ao que sou…é um Ser rasgado que me habita e pode ser reconhecido, ele próprio cheio de amplitudes…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Jo 1, 6-8
Um certo jogo de sombras, por desvendar, relaciona-se bem com aquilo a que chamamos Deus, seja lá aquilo que for… um ‘qualquer coisa’… No cristianismo, fazemos e vivemos essa projeção teológica com a presença de Cristo, não óbvia, mas cuja fé torna tateante e talvez emergente. Por isso, se diz no Evangelho de João, a partir da personagem João Batista que “no meio de nós está Jesus Cristo, mas nós não O reconhecemos”. Adiante, nos mesmos Evangelhos, se clatificará que Cristo está nos mais pequeninos, nos gestos de amor, no banal, no importante, no pão, na partilha, no todo e no tudo. Reconhecer esse Cristo e viver a alegria desse reconhecimento é a gravidez do cristão, que em advento prepara a festa do parto, da partida, do Natal…
L 1 Is 61, 1-2a. 10-11; Sl Lc 1, 46b-48. 49-50. 53-54
L 2 1Ts 5, 16-24
Ev Jo 1, 6-8. 19-28
A maior Graça, talvez, é aquele de termos nós mesmos, cada um, a possibilidade de determinarmos o que é novidade. Algo exterior a nós, que ocorra no espaço e no tempo, pode, se nós quisermos, ser uma Boa Nova. Viver em bem-aventurança, portanto, depende menos daquilo que acontece e mais da nossa interioridade…
A Bíblia, como Deus, apresenta-se-nos aberta, misteriosa, tensional, em revelação… e excessiva…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mc 1, 1-8
Em tempo de Advento concentramo-nos no riquíssimo panorama e real do deserto, onde aparece João Baptista a proclamar. Não será por mero acaso que a porta que é João Baptista parte do deserto, talvez físico mas, certamente, simbólico. O verdadeiro arrependimento só se pode fazer a partir do verdadeiro deserto que somos nós. Sem entrarmos no nosso deserto íntimo não nos podemos arrepender e recomeçar verdadeiramente, porque a graça de Deus quis precisar da nossa realidade, do nosso deserto, para se revelar. Precisamos, talvez, no Advento e não só, de valorizar o deserto interior, de entrar nele, de o olhar, de o admitir, de o saborear. Sem silêncio interior e exterior não há tangência no deserto e, porventura, não há oásis nem maná, não há conversão…
NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.
L 1 Is 40, 1-5. 9-11; Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 2Pd 3, 8-14
Ev Mc 1, 1-8