agressivo silêncio

AGRESSIVO SILÊNCIO

Esbofeteaste-a
violentamente
com o teu silêncio.
Foram as não palavras
que a feriram.
Essa tua boca fechada
mordeu e arrancou a carne
do diálogo surdo.
Engoliste a chave
do teu coração.
E é essa indigestão
que mata a vossa
(não) relação!

 

2011

JP in Poemas 30 Setembro, 2018

experiência

O conceito de experiência merece reflexão atenta. Relaciona-se com o contacto com a realidade objetiva… em interação espacial e temporal. Mas esta interação é com um sujeito, em vários níveis de reflexão e profundidade. É sempre subjetiva, a experiência…

JP in Frases 25 Agosto, 2018

revoluções…

Fala-se em quatro revoluções: a máquina a vapor, a gasolina, a internet, a inteligência artificial. Mecaniscismos, tecnologias, otimizações operacionais… Importantes, mas aquém da grande revolução urgente, que é do Homem e dos seus Valores.

Recensão – A Ressurreição e o fim dos tempos (P. Vasco Pinto Magalhães sj)

Recensão do livro:

 

A Ressurreição e o fim dos tempos

(a morte como abertura a Deus)

Vasco Pinto de Magalhães sj,

Tenacitas, 2018

 

in Brotéria, V. 187. julho’ 2018, p. 144

 

 

O Padre Vasco dispensa apresentações biográficos mas gostava de afirmar, neste contexto de tanta inspiração em Teilhard, que, também ele, como Chardin, tem três pilares curriculares relevantes: a simpatia pela ciência e pela tecnologia (foi estudante de engenharia), a formação teológica e a filosofia, que lhe foram oferecidas na formação jesuítica (sempre continuada). Acresce-lhe a experiência de escutante e acompanhante, a generosidade na vida e, no palco deste livro, a forma como, qual artesão, constrói palavras e novas formas de dizer o que é essencial. Este seu exercício em muito nos pode ajudar.

 

Desde já, muito suspeitamente, aconselho este livro. Talvez não em pico de sofrimento, de luto ou em vésperas de morte física, mas antes disso, em chave profilática. Arrisco uma analogia: assim como na educação familiar, a agudeza da adolescência se previne no amor generoso da infância, leia-se esta obra desde já, antes mesmo de estarmos perto de ser pó ou de assistirmos à morte dos que amamos. Não nos poupemos de pensar a vida porque a morte é certa.

 

Este é um livro quase indisciplinado. Poderia ter uma organização completamente diferente. Pode ser lido de trás para frente, a eito, de uma assentada, ou em peças avulso. Tem redundâncias (como as tem toda a obra escrita do Padre Vasco Pinto de Magalhães), ataques em espiral e quase repetições, o que não é relevante, pois a morte, como a vida, é também assim: vamos e estamos a morrer, a viver e a morrer…

 

Escolheria uma palavra e um conceito para resumir o livro: a palavra é relação. O Padre Vasco “abusa”, neste livro e não só, da palavra relação. Corpo é relação, pessoa é relação, alma é relação. Deus, que é aquele que É, revela-se na relação. Páscoa é relação e Ressurreição é relação.

 

Quanto ao conceito charneira, resumo assim: gerúndio. Este livro fala-nos de gerúndios. Estamos a acontecer, estamos a viver, estamos a morrer. Jesus está a ressuscitar e o fim dos tempos, está a acontecer. Pediria emprestado um neologismo curioso que anda nas entrelinhas desta obra: somos morrentes, antes mesmo de sermos moribundos. E vale a pena responder a esta realidade que somos sem evitar o tabu da morte. Se somos morrentes, com os olhos da fé, pois morramos por amor, e assim vivamos.

 

Merece destaque (p. 22), a propósito da reanimação (também ressureição, em chave mais profunda), a clarificação de corpo como o espaço das nossas relações. Mais uma ajuda, de boleia com S. Tomás, para dissipar vestígios ainda evidentes no catolicismo de uma dicotomia platónica que favorece um duvidoso substancialismo, da alma e dos demónios…

 

A recensão de um livro, por mais que admiremos a obra e o seu autor, como é o caso, fica incompleta sem um esgar critico. Permito-me, pois, sugerir a substituição da palavra ‘certeza’, no topo da página 27. Em vez desta, seja convicção ou mesmo fé, porque é isso mesmo que se quer dizer. Valorizo muito o item em causa, a recusa de um Deus que quisesse a morte dos justos e o sofrimento dos inocentes (não há teologia nem vida cristã com futuro que possa ser equívoca sobre um Deus de amor). Mas tal colocação, é, precisamente, a nossa fé.

 

O livro é para o grande público mas não deixa de projetar uma reflexão filosófica séria e profunda, com referências de contraditório como as de Sartre, Bloch (o filosofo da esperança sem Deus) ou Heidegger. E se este não fosse um livro de bolso, bem poderia tocar Martin Buber ou Levinas, ou mesmo o filósofo austríaco Ebner, porventura o pai da filosofia dialógica.

 

Mas salientam-se sempre as palavras certas, justas e simples, que a cada passo resumem o essencial: “Na hora da nossa morte (e da morte dos que amamos, digo eu), que é cada minuto da nossa vida, só fazem sentido os passos que foram mortes que geram vida, isto é, que foram ao encontro do outro (p. 108). Eis, pois, a revitalização da boa mortificação! (p. 47)

 

Chardin está sempre presente, muito mais do que quando é explícito, como na página 71, quando se escreve que o homem está em processo de transformação personalizante (mais um gerúndio…). A convergência da cosmogénese com a antropogénese e a cristogénese, referidas no início como fonte, jorra depois em todos os capítulos.

 

O mais central dos gerúndios que se arrasta na obra, desde o título até ao fim, pode exprimir-se na recreativa expressão (mais uma) da página 55: “Ressureição-já”. Não sendo um livro estrito sobre Ressurreição, poderemos inspirar-nos na nossa colocação face à tensão teológica constante entre a fisicalidade e o valor simbólico dos relatos bíblicos. Podemos, pelo menos, desvalorizar a questão da fisicalidade da Ressureição e acentuar o que este livro nos convida a sublinhar: Jesus está a ressuscitar, pedindo a nossa abertura às relações que cristifiquem, a vida e morte. Assim vale a pena e tem sentido ir morrendo-vivendo e, como se lê na última página, retomando em ómega o alfa do livro, “o fim do mundo será já”, mas ainda não…

JP in Espiritualidade Textos 1 Agosto, 2018

objetividade e subjetividade

Há exageros na metáfora objetivista de grelhas, métricas e outras parametrizações exageradas. Ocorre promover a positiva subjetividade, no sentido humanista do termo. Curiosa, a este propósito, a máxima de Fernando Savater: “se fosse um objeto era objetivo, como sou um sujeito, sou subjetivo…”

julho’ 2018

JP in Educação Frases 29 Julho, 2018

prece…

Rezo, pois, em silencioso grito, para que todos saibamos colher o momento presente, crescer com o que aconteça, tomar a responsabilidade dos nossos atos, abrir os nossos olhos e a inteligência ao discernimento que nos possa fazer boas escolhas, face aquilo que está nas nossas mãos (uma minúscula parte do dinamismo da
realidade).

Pró-ativos mas em paixão (passiona, passivos, em aceitação…), assim, abertos à graça, saboreamos já aperitivos de paraíso, sem pedinchar quase que manipulativamente uma intervenção mágica que Deus, omni(im)potente, por mistério amoroso, parece não apreciar…

2013

JP in Espiritualidade Frases 28 Julho, 2018

Palavras no Tempo

Palavras no Tempo – Diálogos entre ciência, religião … e não só…

 

O projeto Palavras no Tempo, a decorrer desde 2014, é uma iniciativa de cariz cívico e cultural que teve a sua génese na obra Educação, Ciência e Religião (2012), na sequência da qual se promoveram inúmeras sessões e debates que resultariam numa parceria entre a Universidade do Porto, a Universidade Católica e o Centro Nacional de Cultura, que patrocinam a ideia. Palavras no Tempo consiste na realização de conferências e debates, bem como em sessões de reflexão e formações, em torno de múltiplas aproximações à religião e à cultura, envolvendo o olhar reflexivo em várias áreas, perspetivado sob o ponto de vista de crentes e de não crentes.

Todos os temas são pretexto de conversa e cidadania, na base comum dos direitos humanos e do respeito pela diferença. O cerne deste projeto é dialogar, no eixo da crença e da não crença. Thomas Halik (2013) diz bem que a crença e a não crença são dois olhares arriscados sobre o mesmo mistério e, quando nos abrimos, sentimo-nos muito mais próximos uns dos outros, sem rótulos, mais solidários e com mais futuro.

Palavras no Tempo recria estilos de comunicação e diálogo de outros tempos, contextualizados à nossa realidade de hoje, carente ainda de efetiva reflexão e debate, apesar do ruído dos media. No âmbito deste projeto, são dinamizadas várias conferências/debates, focados regionalmente, com o apoio das respetivas câmaras municipais, das universidades, das escolas e de outras instituições de cada região.

Desde 2014, têm sido realizados diversos eventos no âmbito do projeto Palavras no Tempo, quer conferências/debates mais direcionados para o público em geral, quer sessões dirigidas a alunos de escolas secundárias, quer formações para professores. O evento “Educação, Ciência e Religião”, cuja primeira ocorrência teve lugar no Cineteatro de Anadia, a 23 de maio de 2014, com a participação de João Paiva e Aniceto Carmo, é especialmente dirigido a alunos do ensino secundário e foi replicado em 18 escolas secundárias do Centro e Norte do país: Escola Secundária de Oliveira do Bairro, Escola Secundária José Macedo Fragateiro (Ovar), Escola Secundária de Cantanhede, Escola Secundária de Estarreja, Escola Secundária Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz), Escola S/3 Arquiteto Oliveira Ferreira (Vila Nova de Gaia), Escola Secundária de Santa Maria da Feira, Escola Básica e Secundária de Ferreira de Castro (Oliveira de Azeméis), Escola Secundária de Montemor-o-Velho, Escola Secundária Manuel Laranjeira (Espinho), Escola Secundária Clara de Resende (Porto), Escola Secundária de Penafiel, Escola Secundária José Falcão (Coimbra), Escola Secundária António Nobre (Porto), Escola Secundária Aurélia de Sousa (Porto), Escola Secundária Fontes Pereira de Melo (Porto), Colégio Nossa Senhora da Paz (Porto), Escola Secundária Carlos Amarante (Braga). Além das escolas secundárias mencionadas, também o Cineteatro de Albergaria acolheu o evento “Educação, Ciência e Religião” para um público mais alargado. Entretanto vários outros colaboradores, em diferentes posições no eixo crença/não crença, se associaram ao projeto: Rui Trindade, José Luís Santos, Maria Manuel Jorge, Pedro Lind ,Pedro Pimenta, João Correia de Freitas, Vitor Teodoro, João Frade e Carlos Fontes.

“Religião, Ciência e Cultura” é um evento dirigido especialmente à comunidade docente e consiste numa formação creditável (Despacho n.º 5741/2015) para professores de todos os grupos disciplinares. Foram realizadas até ao momento nove formações: Escola Secundária Manuel Laranjeira (Espinho), Escola Secundária de Penafiel, Escola Secundária José Falcão (Coimbra), Instituto Superior de Administração e Línguas (Funchal), Seminário do Vilar (Porto), Colégio de Nossa Senhora da Paz (Porto), Escola Secundária de Paredes, Escola Secundária Aurélia de Sousa (Porto). Até final de 2016, estão previstas mais duas formações, em Abrantes e em Anadia.

O evento “Razões de (des)crença”, direcionado para um contexto paroquial, foi realizado em 7 paróquias: Oliveira do Bairro, Ovar, Cantanhede, Estarreja, Figueira da Foz, Albergaria, Paróquia da Boavista (Porto). Também para um público eminentemente paroquial, foi concebido o evento “Workshop catequese e cultura científica”, dinamizado em 6 localidades: Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Albergaria, Santa Maria da Feira, Espinho, Porto (Paróquia do Cristo-Rei).

O evento “Para quê Deus se temos Ciência?” realizou-se no Colégio de Famalicão (Anadia), na Escola Superior de Enfermagem S. José de Cluny e na Escola da APEL (Funchal).

As conferências/debates, alicerçados no binómio crença/não crença e dirigidos ao público em geral, são o evento aglutinador e o móbil de reflexão em cada uma das localidades por onde o projeto Palavras no Tempo vai passando. Estes eventos decorreram, de forma descentralizada e itinerante, em diversos espaços culturais e educativos do Centro e Norte do país, com a participação de palestrantes convidados, homens e mulheres de qualidade e prestígio nas várias áreas da cultura e da ciência. Até ao momento, foram realizados 17 eventos desta natureza:

  • Religião e Ciência, com Carlos Fiolhais e João Fernandes (Anadia)
  • Religião e Política, com Carlos Abreu Amorim e José Manuel Pureza (Oliveira do Bairro)
  • Religião e Economia, com Augusto Santos Silva e João Duque (Ovar)
  • Religião e Maçonaria, com Henrique Monteiro e João Conduto (Cantanhede)
  • Religião e Afetos, com Maria Belo e José Frazão (Estarreja)
  • Religião e Justiça, com Laborinho Lúcio e José de Souto Moura (Figueira da Foz)
  • Religião e Sexualidade, com Gabriela Moita e Miguel Almeida (Vila Nova de Gaia)
  • Religião e História, com Fernando Rosas e José Eduardo Franco (Albergaria)
  • Religião e Mulher, com Teresa Lago e Teresa Toldy (Santa Maria da Feira)
  • Religião e Poesia, com Jorge Melícias e José Rui Teixeira (Oliveira de Azeméis)
  • Religião e Islão, com Paulo Mendes Pinto e Abdul Rehman Mangá (Montemor-o-Velho)
  • Religião e Educação, com Luís Grosso e Joaquim Azevedo (Espinho)
  • Religião e Portugal, com António Barreto e Manuel Clemente (Porto)
  • Religião e Neurociências, com João Relvas e Joana Castelo Branco (Coimbra)
  • Religião e Bioética, com António Vaz Carneiro e Walter Oswald (Porto)
  • Religião e História da Ciência, com Henrique Leitão e Amélia Polónia (Porto)
  • Religião e Ecologia, com Filipe Duarte Santos e Paulo Borges (Braga)

No âmbito destas conferências/debates, estão agendadas ainda as seguintes:

  • Religião e o Corpo na iminência da morte, com Paulo Tunhas e Edna Gonçalves (Abrantes)
  • Religião e o Céu, Joaquim Fernandes e Bruno Nobre (Anadia)

A título de exemplo, apresenta-se o resumo do primeiro dos debates, com Carlos Fiolhais e João Fernandes:

“No âmbito do projeto Palavras no Tempo, realizou-se, no dia 23 de maio de 2014, no Museu do Vinho da Anadia, a primeira sessão de um ciclo de debates que junta crentes e não crentes com o objetivo de promover a reflexão em torno da temática “Educação, Ciência e Religião”. Este primeiro debate, sob o título “Religião e Ciência”, contou com a participação de duas figuras do universo das Ciências: o físico Carlos Fiolhais e o astrónomo João Fernandes.

A primeira intervenção coube a João Fernandes, que começou por se apresentar como cientista e crente, argumentando não encontrar incompatibilidade entre estas duas dimensões estruturais da sua vida e sublinhando a ideia de uma convivência pacífica, dentro da comunidade crente, entre a Ciência e a Fé. Interrogando-se se haverá aspetos comuns ao facto de ser crente e ser cientista, encontra duas características: a liberdade e a responsabilidade, na medida em que ambas são pressupostos fundamentais da Ciência e da Fé.

Na sua intervenção, Carlos Fiolhais começou por frisar que, embora completamente distintas, com métodos e objetivos diferentes, Ciência e Religião têm em comum algo muito profundo, permitindo o diálogo: ambas correspondem a necessidades do Homem e ambas tentam fornecer sentido: “tentam penetrar no mistério, embora se trate de mistérios diferentes”. Acima de tudo, “são expressões de incompletude do ser humano, que precisa de mais alguma coisa…”

Recorrendo a uma perspetiva histórica desde os primórdios da ciência moderna, o físico explicou como, a partir de Galileu, se foi construindo e alimentando um embate e uma visão dicotómica entre Ciência e Religião, apesar de, para cientistas como Galileu, Newton e Darwin, ambas as abordagens não serem incompatíveis. Abordou também as polémicas mais recentes, suscitadas pelo evolucionismo, pelas neurociências e pelo ateísmo militante de alguns cientistas. A terminar a sua intervenção, Carlos Fiolhais avançou ideias sobre a questão “porque é que o diálogo entre a Ciência e a Religião é um diálogo não apenas útil, mas também necessário?”

Na parte final da sessão, o público confrontou os cientistas com questões em que se entrecruzam argumentos científicos e metafísicos: a origem do Universo, o acaso, e onde fica o espaço para a fé depois de a ciência tudo explicar?”

 

Desde 2014 até ao final de maio de 2016, foram dinamizados, no âmbito do projeto Palavras no Tempo, 64 eventos distribuídos por em 18 localidades: Albergaria, Anadia, Braga, Cantanhede, Coimbra, Espinho, Estarreja, Figueira da Foz, Funchal, Montemor-o-Velho, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Paredes, Penafiel, Porto, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia. Quantitativamente, as pessoas abrangidas pelos 64 eventos até agora dinamizados, apontam para a seguinte quantificação:

Número aproximado de eventos: 80

Número aproximado de Professores: 800

Número aproximado de Alunos: 4000

Número aproximado de Outros Públicos: 2400

Número aproximado de Total de públicos envolvidos: 7200

Embora o impacto destas iniciativas não seja objetivamente mensurável, é nossa convicção de que estes eventos promovem nos seus públicos um alargar de horizontes, quer em termos culturais, quer em termos reflexivos, desencadeando aquilo a que poderíamos chamar de ‘desbloqueamento intelectual’, com potencial apostólico.

Espaços para a reflexão, para o diálogo e para a ação continuam urgentes. Terão sido acutilantemente inaugurados na nossa cultura por Humberto Eco e Cardeal Martini (2000) mas não é certo que se tenham esgotado na sua intenção cultural. A crença e a não crença são dois ângulos diferentes que olham o mesmo mistério. Somos feitos para a busca. Crentes e não crentes instalados entenderão este projeto como irrelevante. Com Palavras no Tempo, nada mais se pretende que um bom diálogo para robustecer a ação. O olhar para o universo, deixa-nos deslumbrados, encantados e quase oprimidos, mas necessariamente questionantes (Artigas, 2000). Teilhard de Chardin (2000) convida-nos a libertar as dicotomias, as do mundo e as do espírito, as do princípio e do fim, as do corpo e as da alma, as do universo e da Criação, as dos crentes e dos não crentes. Procuramos as “palavras”, neste “tempo” em que as múltiplas propostas precisam de se ouvir, de se questionar, de fluir na dialética entre o Eu e os Outros.

Mais detalhes e interações poderão ser consultados em www.pnt.up.pt.

 

 

Agradecimentos:

Além dos parceiros institucionais e do programa Ciência Viva, merece-me uma palavra particular de apreço o meu grande amigo Alfredo Dinis que, não estando já entre nós, goza com toda a certeza este projeto, que comigo sonhou. Saúdo de forma muito especial, igualmente, o Eng. Aniceto Carmo que, como não crente irrequieto e construtivo, tem competente e entusiasta protagonismo em muitas das iniciativas.

 

Referências:

ARTIGAS, M., The Mind of the Universe. Understanding Science and Religion, Templeton Press, 2000.

CHARDIN, T. de, «Cristianismo e Evolução. Sugestões para servir uma nova teologia» em A Minha Fé. A Matéria e Deus, Lisboa: Ed. Notícias, 2000.

DINIS, A. E PAIVA, J. C, Educação, Ciência e Religião, Gradiva, Lisboa, 2012.

ECO, H. e MARTINI, C., Em que Crê quem não Crê?, Coimbra: Gráfica de Coimbra, 2000.

TOMÁŠ HALÍK, Paciência com Deus. Paulinas, Lisboa, 2013.

Livros escolares

Escrevi e vou esrevendo umas dezenas livros escolares, principalmente na área de química (do 7º ao 12º anos) e sempre em coautoria.

Estes livros podem ser consultados em

https://www.joaopaiva.net/wp-content/uploads/2018/06/CURRIC_VITAE_JOAO_PAIVA_marco2018-v37.docx.pdf

A mioria dos livros pode ser daquirida nas livrarias ou em sites on line como www.wook.pt (João Paiva na pesquisa)