poema só para mim
Poema só para mim
Eu pedalava
a quarenta graus
de Sol
e de grau.
Vi-te perdido,
sem nome
sem norte.
Dei dez e subi,
continuei.
Mais graus,
mais suor.
Desci e dei mais.
Carreguei-te,
a ti, ao saco,
aos graus.
Dei-te mais.
deste-me água.
Sem saberes,
davas-me o elixir
que foi a minha
chave
para o dilema de Espinosa.
Foi este o poema
do dia
das poesias.
Coimbra, 28 de JuNho 2010 – dia do lançamento do livro «este gesto de ser».