Princípio e fundamento – pessoal mas inspirado…
Os humanos – e eu próprio, bem entendido – estão a ser criados pelo amor de Deus, que só sabe amar e criar. Existimos para reconhecer esse amor criador e, assim, dar sentido à nossa vida. O mais que foi e está a ser criado nos pode ajudar neste reconhecimento amoroso. Há que viver optando, rejeitando o que nos impede de amar e escolhendo o que nos leva ao amor. Podemos voar e pousar, pois, para além das circunstâncias: “correr bem” ou “correr mal” não depende dos acontecimentos, do nosso estado de saúde, do nosso dinheiro ou do nosso estatuto. “Correr bem”, ter uma vida boa, é tirar proveito e crescer no encalço de um bem comum. Viver intensamente é procurar e trabalhar de modo a apenas desejar, buscar e escolher aquilo que nos conduz ao reconhecimento amoroso de Deus e, assim, co-realizar o sonho do amoroso criador.
PS: Sim, é quase escandalosa esta proposta para quem não tem pão para comer. Mas este caminho, na sua prossecução, implica, precisamente, a procura de uma partilha radical e a tensão de um sentido de justiça, que levará a saciar essa fome… para que, livremente (sem fome de pão) todos possam escolher viver reconhecidamente… (um outro pão…).