construtivismo e educação
O construtivismo, enquanto matriz teórica educativa, nem sempre é ingénuo, como alguns supõem e criticam, e já tratou, ele próprio, enquanto movimento ideológico, de se moderar. Apesar de alguns excessos fundamentalistas, as perspectivas construtivistas alimentam, hoje, positivamente, a pedagogia e o ensino das ciências, em particular. É melhor falar em construtivismos, no plural, porquanto são várias (às vezes mesmo antagónicas) as perspectivas que a este propósito se vão desenhando. A ideia dos alunos poderem construir, em boa parte, o seu conhecimento é possível e desejável. Podemos associar, embora de forma não linear, alguma linha construtivista às descobertas realizadas pelos próprios discentes, em que parte do conhecimento é deixado para ser procurado pelos alunos, com as vantagens que isso acarreta… Mas sem o dogmatismo romântico de acharmos, concretamente em ciência, que todos os alunos são mini-génios capazes de decalcar o processo científico. Tudo tem de ser feito com moderação.