momentos difíceis…

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Um dia escrevi estas palavras a uns familiares que acompanhavam alguém em quase agonia: Poucas palavras, diante do sofrimento e da fragilidade, diante dos quais ‘tiramos as sandálias’ e nos colocamos purificados face à nossa própria nudez e à nudez de Deus. Coragem para todos e contem com as nossas orações e o que mais entenderem. Deus, num risco de fé em nós mesmos, na nossa liberdade e na liberdade do pulsar do cosmos, de que faz parte a nossa biologia, quis, não sem mistério, arriscar não eliminar a dor, mas iluminar a dor. É só (…) um ‘i’ em vez dum ‘e’, mas a nuance é grande… Por isto mesmo as nossas preces são no sentido de saber estar, de crescer, de confiar, de despir-se e ser capaz de ver, respirar e suspirar mais além. Vos desejo a todos essa experiência, intensa, não isenta de custo, mas apontando à vida, sempre à vida que, até na iminência da fragilidade aguda e na própria morte, pode florescer.