Por Vós suspiro, como terra árida, sequiosa, sem água
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 62
Encontramos no Salmo uma imagem muito real de nós próprios: “terra árida, sequiosa, sem água”. é uma descrição daquilo a que chamamos, também, desejo. O nosso coração tem uma sede eterna do eterno e esse desejo e essa carência move-nos e comove-nos, na fé e na vida. Quando as nossas apostas se dirigem ao provisório, ao precário, ao passageiro, a terra é regada mas logo seca com o Sol árido da própria vida. É a secura que se torna constante. Há que procurar, pois, para esta terra sedenta que somos, uma fonte, uma fonte de água viva. Para os cristãos, é Cristo esta nascente contínua, que nos rega a cada instante, que nos mata a secura, que nos torna carentes-desejantes-saciados, agora e para sempre. A água, convém notar, não elimina a sede: sacia mas permite a sede que vem. A fonte, essa sim, é a garantia da água abundante…
NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.
DOMINGO XXII DO TEMPO COMUM
L 1 Jr 20, 7-9; Sl 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9
L 2 Rm 12, 1-2
Ev Mt 16, 21-27