epigenes que carrego…
Deve existir qualquer coisa que carregamos como sendo ‘epigenes do desamor’. Não sei a bioquímica da coisa, mas trazemos connosco uma capa dolorosa que reveste a bondade original daquilo que somos. Dizem-me que o meu Avô foi colocado num barco aos 12 anos, para ir ganhar a vida para Angola. Que o meu Pai foi largado da Mãe aos oito anos, porventura sem um abraço. E eu sou também isto. Não tenho de escamotear nem obcecar diante desses ‘epigenes’, mas é bom chamar-lhes um nome, acolhê-los, mimá-los, se for preciso, truncá-los…, mas reconhecê-los…