Bem-aventurados os pobres de espírito

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Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 5, 1-12

«Bem-aventurados os pobres de espírito»

Em tempo litúrgico de bem aventuranças, destaquemos a pobreza espiritual, nem sempre bem compreendida, mas fulcral no cristianimso. Há uma dimensão de pobreza mais profunda, que ultrapassa o pão mas que só é conquistável por quem tenha um mínimo de pão: chamamos-lhe pobreza espiritual. É uma bem-aventurança de abertura em crer para nada querer. Percebe-se bem naquele conto oriental segundo o qual um mendigo pediu a uma pessoa de posses que lhe desse algo. Essa pessoa deu-lhe tudo o que tinha. No dia seguinte, o pobre voltou e retorquiu: “ensina-me a ser como tu. Dá-me a riqueza de que eu preciso, que é a capacidade de dar tudo o que tenho, como fizeste ontem comigo”. Compreendemos bem que haja gente (e as duas gentes estão dentro de cada um de nós…) que seja rica-pobre e pobre-rica… Bem-aventurados vamos sendo se soubermos viver nesta tensão, de extrair do ‘baixo’ tudo aquilo que ‘eleva’…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO IV DO TEMPO COMUM

L 1 Sf 2, 3; 3, 12-13; Sl 145 (146), 7. 8-9a. 9bc-10
L 2 1Cor 1, 26-31
Ev Mt 5, 1-12a