ureia, química e vida
De todas as sínteses químicas há uma que merece especial atenção: a síntese da ureia. Em 1828 consegue-se o primeiro ensaio de produção artificial daquilo que sabemos hoje ser dinitrometanal. Como componente do mundo vivo, e dos fluidos humanos, em particular, a química, já aprendiz de criadora dos objetos que estuda, passa o rubicão da síntese da natureza. De lá para cá, a par das ciências biológicas e físicas, tem sido um processo e uma aventura fascinantes. Não sem melindres e perigos. Este ‘mexer na vida’ tem tanto de ousado e belo quanto de titubeante. A mim, enquanto pequeno e insignificante protagonista da química, apesar dos limites que implica, liberta-me a metafísica de um certo sentido sagrado da vida… Por isso, tudo que a química fizer, será para promover e dignificar a vida, nunca o seu contrário…