Sal da terra
Sal de terra
Gostava de ser
cloreto de sódio!
Sal da terra
assim dizia Vieira.
Dar sabor,
metido,
ser solução.
Sem sal,
corrupção,
sem sal,
não há paladar.
Gostava de ser
cloreto de sódio.
Ião sódio,
ião cloreto.
Assim, sal,
me meto
no mundo.
Dissolvo-me,
confundo
mas não
vou ao fundo…
in Paiva, J. C., Quase poesia quase química (2012) (e-book). Lisboa, Sociedade Portuguesa de Química.
acessível aqui (porventura enriquecido com uma ilustração)