Apareceu João Baptista no deserto, a proclamar um baptismo de penitência
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mc 1, 1-8
Em tempo de Advento concentramo-nos no riquíssimo panorama e real do deserto, onde aparece João Baptista a proclamar. Não será por mero acaso que a porta que é João Baptista parte do deserto, talvez físico mas, certamente, simbólico. O deserto que somos nós! O verdadeiro arrependimento só se pode fazer a partir do verdadeiro deserto que somos nós. Sem entrarmos no nosso deserto íntimo não nos podemos arrepender e recomeçar verdadeiramente, porque a graça de Deus quis precisar da nossa realidade, do nosso deserto, para se revelar. Precisamos, talvez, no Advento e não só, de valorizar o deserto interior, de entrar nele, de o olhar, de o admitir, de o saborear. Sem silêncio interior e exterior não há tangência no deserto e, porventura, não há conversão…