razão, fé e vida
Os argumentos e o raciocínio, são ingredientes fundamentais à sustentabilidade existencial e à crença ou não-crença no transcendente. No que concerne a fé, porém, é bom sublinhar que é difícil «chegar a Deus apenas com a cabeça». Acreditar na existência de Deus nunca é um dado adquirido, mas um processo dinâmico. Importante é viver como crente e confiar, como uma criança ao colo da sua mãe, que mais do que questionar a sua existência «goza» o seu afecto.
Usar em relação a si próprio e aos outros a racionalidade é um caminho útil para o cristão. Mas se a fé é uma procura para viver, será a vida a fornecer a maior luz. Neste sentido, a contemplação do mar, a amizade, uma criança, uma festa ou até uma contrariedade, um jogo ou lavar a louça, são experiências que, vividas com intensidade e entrega, poderão ser valiosas para um crente se deixar tocar pelo Deus de amor que nos está a criar.