adolescência e poder dos pais
Recordo com particular simbolismo o dia em que, numa brincadeira corporal bastante física com os meus dois filhos maiores, eles os dois, ao contrário do que acontecia até então, me imobilizaram e dominaram. Estavam maiores e mais fortes que eu. Pensei e disse a mim mesmo: “se fosse o poder e a força que norteassem a nossa relação, esta começava a declinar-se a partir daquele momento”. É um pouco neste sentido que ouso dizer que a turbulência da adolescência se trabalha na infância, precisamente por via do treino do diálogo e do despoder… As pedagogias mais baseadas na força e no poder padecem de futuro livre…