Bíblia e historicidade
Moisés, por exemplo, não é considerado absolutamente simbólico e mítico (como Eva, Caim ou Noé) embora a sua historicidade seja polémica, localizando-se, contudo, nos séculos XIII-XIV a.C. Há uma tensão bíblica ‘historicidade-literatura-simbolismo’, de alguma forma equivalente à tensão ‘fisicalidade-simbolismo’, em toda a chamada “história da Salvação”. A Bíblia não é, com toda a certeza, algo “caído do céu aos trambolhões”. Também não é, para os crentes, apenas mais um livro de histórias. São livros (um plural importante…) que contêm a semente de um dinamismo de revelação, que carece sempre da leitura da fé, para o encontro com a fé…